De uns anos para cá, tenho percebido uma transformação no cenário do atendimento em saúde, especialmente quando trato do tema prontuário digital. Trabalhar com tecnologias como a Nutrio, tornou possível uma gestão muito mais rápida dessas informações. Porém, não posso negar que, junto aos benefícios, surgem desafios éticos e práticos relevantes. Neste artigo, compartilho minha visão sobre como lidar bem com esses riscos e responsabilidades, sempre de acordo com as boas práticas recomendadas e dentro das diretrizes brasileiras para a área da saúde.
A digitalização no consultório e sua realidade no Brasil
Faz pouco tempo, a maioria dos prontuários era preenchida no papel, o que trazia risco de extravio e dificuldades no acesso aos dados. Hoje, os números apontam claramente outra direção: segundo o Ministério da Saúde, mais de 87% das Unidades Básicas de Saúde já usam prontuário eletrônico, e quase todas têm acesso à internet em seus consultórios (conforme dados oficiais).
O futuro dos prontuários é digital. Já é realidade.
Mas será que basta migrar para o online? Não. É preciso garantir não só a digitalização, mas também refinamento nos processos, critérios éticos e proteção de dados, um desafio sempre presente, principalmente com informações sensíveis de pacientes.
Pilares éticos na gestão digital de prontuários
Desde que comecei a usar soluções digitais, percebo que a ética deve ser o fio condutor do processo. Falo disso porque, ao contrário do que muitos pensam, tecnologia não elimina dilemas: amplia nossa responsabilidade. O consentimento informado do paciente e o respeito à confidencialidade são básicos, mas há mais a se considerar.
- Sigilo e privacidade: O paciente confia seus dados ao profissional e isso deve ser inviolável. Plataformas como a Nutrio investem em criptografia e acesso restrito, elevando esse padrão.
- Consentimento: Nada de cadastrar ou compartilhar qualquer dado sensível sem informar claramente para o paciente a finalidade, conforme previsto na LGPD.
- Integridade das informações: O registro digital deve ser claro, completo e atualizado, pois qualquer inconsistência pode afetar condutas clínicas futuras.
Outras dicas de organização e ética podem ser encontradas no guia para organizar agenda e prontuário digital, que costumo recomendar tanto para quem está começando, quanto para quem já atua há um tempo.
Segurança, privacidade de dados e legislação
Eu já vi colegas perderem dados importantes por falta de backup ou erros simples, uma dor de cabeça enorme. A proteção dos dados não é somente uma questão técnica; é, antes de tudo, um dever com o paciente e uma obrigação prevista por lei. Não se trata apenas da LGPD. Temos portarias do Ministério da Saúde, como a Portaria nº 2.920/2017, que estabelecem critérios para informatização e armazenamento de informações em saúde.
Encontrei recomendações práticas em documentos oficiais, como a Cartilha de Padrões Web em Governo Eletrônico, e orientações sobre integridade pública presentes em publicações disponibilizadas pela Controladoria-Geral da União.
- Senhas fortes e mudanças periódicas no acesso;
- Registro de quem acessa cada prontuário (rastreamento);
- Backup automático e armazenamento seguro em nuvem;
- Treinamento da equipe sobre riscos e procedimentos;
- Descarte seguro de dados desnecessários ou inativos.
Essas medidas, além de evitar problemas legais, protegem a reputação do profissional. Afinal, confiança leva tempo para ser construída, mas pode ser perdida em segundos.

Desafios e boas práticas no dia a dia
Quando vejo colegas lidando com dúvidas sobre segurança, costumo compartilhar minha rotina para tentar tornar o fluxo mais leve. Sempre busco separar meu tempo em três partes principais:
- Organização dos acessos: Cada colaborador com funções bem definidas, acesso limitado ao necessário, e sempre registro de entrada e saída nas plataformas.
- Capacitação: Atualização constante em relação à LGPD e às novas regras do Ministério da Saúde, além do debate ético regular entre a equipe.
- Revisão dos processos: Periodicamente, auditorias internas checam possíveis falhas, ajustam permissões e simplificam práticas que possam pôr dados em risco.
Muitas dessas ações, inclusive, são validadas por estudos como o artigo sobre impactos e desafios do uso de prontuários eletrônicos em contexto odontológico, mas perfeitamente transportáveis à nutrição e outras áreas da saúde.
O papel das plataformas inteligentes e como a Nutrio se posiciona
Hoje, não há como dissociar o uso do prontuário digital da incorporação de inteligência artificial no dia a dia. A Nutrio, que venho usando e acompanhando, oferece funcionalidades como análise de exames automáticos e transcrição da anamnese por voz. Isso poupa tempo e reduz erros, além de agilizar consultas presenciais e virtuais.
No entanto, sou cauteloso: sempre reviso cada informação inserida automaticamente pela IA e me esforço para manter um olhar humano, ético e crítico no processo decisório. Porque, ainda que o sistema ajude muito, a responsabilidade pela informação final é toda minha.

Na minha experiência, pequenas atitudes fazem diferença: revisar listas de pacientes, garantir registros completos de cada atendimento e, acima de tudo, nunca compartilhar senhas, nem com colegas próximos.
Impacto na relação com o paciente e engajamento
Nunca esqueço de como os registros digitais potencializam o retorno do paciente. O melhor é ver o engajamento aumentar quando o paciente percebe que os dados dele estão organizados e seguros.
Sei, por exemplos práticos, que planejar retornos e atender virtualmente com segurança fortalece laços e facilita o acompanhamento. Estratégias para isso estão presentes em textos como formas de aumentar o engajamento no atendimento virtual e dicas disponíveis em recomendações para melhorar o retorno dos pacientes. Essa é uma das facetas que mais me atraiu nesse novo jeito de cuidar da saúde.
Conclusão: ética, cuidado e tecnologia avançam juntos
Cuidar bem dos dados dos pacientes é uma extensão do cuidado em saúde. O prontuário digital é ferramenta, não fim em si mesmo. Na minha visão, ética, respeito, capacitação constante e escolha de plataformas seguras tornam o ato de registrar e armazenar informações um aliado na construção de confiança e resultados positivos.
Conhecer o funcionamento da Nutrio, e debater boas práticas, é um caminho para evoluir continuamente como profissional. Seja você estudante ou já atuante, te convido a experimentar soluções que unem ética, tecnologia e facilidade, valorizando o melhor da relação entre profissional e paciente. Descubra como posso te ajudar a transformar a sua rotina!
Perguntas frequentes sobre prontuários digitais
O que é um prontuário digital?
Prontuário digital é o registro eletrônico, seguro e organizado, de todas as informações relacionadas ao acompanhamento de um paciente em saúde, incluindo histórico, exames, condutas e evolução clínica. O prontuário substitui o antigo papel, trazendo agilidade e facilitando o acesso aos dados, tanto pelo profissional quanto, quando permitido, pelo próprio paciente.
Como proteger os dados do prontuário digital?
A proteção dos dados envolve uso de senhas seguras, atualização constante dos sistemas, acesso restrito, auditorias internas e backup frequente. Plataformas como a Nutrio possuem criptografia e rastreamento de acessos para garantir privacidade e integridade.
Quais são os cuidados éticos necessários?
Os principais cuidados são: obter consentimento informado do paciente, manter confidencialidade total, garantir exatidão e atualização dos registros e nunca compartilhar o conteúdo com terceiros não autorizados. Seguir a legislação vigente, incluindo a LGPD, é parte indissociável desse compromisso.
Quem pode acessar o prontuário digital?
Somente profissionais devidamente autorizados e capacitados, além do próprio paciente, podem acessar os dados. O acesso deve ser organizado conforme regras internas, e todos precisam estar cientes das responsabilidades envolvidas na manipulação das informações.
Como garantir a segurança dos prontuários digitais?
Garantir segurança exige atualização dos sistemas, treinamento da equipe, registro de todos os acessos, uso de criptografia e procedimentos de backup regulares. O descarte seguro dos dados também faz parte da responsabilidade profissional no ambiente digital.