Viver com uma doença autoimune é também encarar desafios diários na alimentação, no bem-estar emocional e na construção de uma rotina de autocuidado. Eu atendo pacientes com condições como lúpus, artrite reumatoide e doença celíaca há anos, e percebo o quanto a nutrição é uma peça central na busca por mais qualidade de vida.

Quando falamos de doenças autoimunes, estamos tratando do grupo de enfermidades em que o sistema imunológico, projetado para defender o organismo, passa a atacar tecidos e órgãos saudáveis. Segundo estimativa do Ministério da Saúde, cerca de 13 milhões de brasileiros convivem com alguma condição rara – incluindo essas doenças (Ministério da Saúde).

Criando um plano alimentar personalizado, incluindo a avaliação da rotina, dos sintomas e necessidades energéticas, consigo ver resultados positivos em muitos pacientes. E recursos como o Nutrio têm sido grandes aliados nesse processo, principalmente na organização dos atendimentos e na análise detalhada dos exames.

O papel da nutrição no manejo das doenças autoimunes

O primeiro passo é sempre individualizar o atendimento: não existe uma única dieta para todas as doenças autoimunes. Eu costumo avaliar:

  • Histórico clínico e sintomas principais
  • Medicações em uso e possíveis interações com nutrientes
  • Padrão alimentar habitual
  • Hábitos de vida e fatores ambientais
  • Resultados de exames laboratoriais

Essa abordagem personalizada fica mais prática com a ajuda de plataformas como Nutrio, que permitem integrar informações do paciente e ajustar o plano alimentar com base em evidências atualizadas.

Fatores ambientais e autoimunidade

Em anos de atuação, percebi que não basta olhar apenas para genética. Fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos, podem aumentar o risco de doenças autoimunes. Um estudo publicado na Interfaces Científicas mostrou que exposição prolongada a agrotóxicos em ambientes de trabalho eleva de forma significativa a chance de desenvolver doenças autoimunes (revisão sistemática e meta-análise).

Mudanças no ambiente influenciam diretamente a saúde imune.

Além disso, hábitos como fumar e o consumo excessivo de ultraprocessados também aparecem nos relatos dos meus pacientes. Eles tendem a relatar piora dos sintomas nestas situações.

Nutricionista orientando paciente com alimentos variados na mesa

Micronutrientes, suplementação e imunidade

Deficiências nutricionais estão muito presentes em quadros autoimunes, em especial de vitamina D, ferro, zinco e selênio. A vitamina D, por exemplo, foi destacada em uma revisão de pesquisadores da UniAteneu, mostrando efeito imunomodulador importante em doenças como lúpus e esclerose múltipla (revisão integrativa).

Normalmente, solicito exames periódicos para acompanhar os níveis desses nutrientes e ajustar a conduta de suplementação caso necessário. O Nutrio me auxilia desde a solicitação até a interpretação dos resultados laboratoriais, tornando tudo mais seguro e organizado, como menciono ao estudar boas práticas para interpretar exames em nutrição.

Principais nutrientes envolvidos

Na minha rotina, foco em:

  • Vitamina D: Ajuda a modular o sistema imunológico. Exposição solar e/ou suplementação podem ser indicadas.
  • Ômega-3: Presente em sementes, peixes e azeite extra virgem. Promove ação anti-inflamatória.
  • Zinco e selênio: Essenciais para função imune saudável. Presentes em castanhas, carnes magras e ovos.
  • Ferro: Corrige possíveis anemias associadas a processos inflamatórios crônicos.

O equilíbrio entre ingestão de nutrientes e necessidades individuais é o segredo. Por isso, faço adequações constantes, especialmente após consultas de retorno, como discuto em estratégias eficazes para ajuste e reavaliação dos planos alimentares.

Alimentos que podem ajudar e os que podem prejudicar

Nesse ponto do atendimento, sempre alerto sobre o papel dos alimentos anti-inflamatórios. Para pacientes com doenças autoimunes, eles promovem uma sensação de bem-estar perceptível, segundo relatos que ouço em consultas de acompanhamento.

O que privilegiar na alimentação?

Não é regra, mas costumo incentivar a escolha de alimentos ricos em compostos bioativos, antioxidantes e fibras:

  • Verduras e vegetais frescos variados
  • Frutas de diferentes cores
  • Leguminosas como feijão, lentilha, grão-de-bico
  • Pescados, principalmente os de águas frias
  • Sementes (chia, linhaça) e oleaginosas

Alimentos naturais, coloridos e de verdade potencializam a resposta do organismo.

O que é melhor evitar?

  • Produtos ultraprocessados
  • Gorduras trans
  • Bebidas açucaradas
  • Excesso de sal
  • Glúten e lactose, caso comprovada intolerância

Essas escolhas são ajustadas conforme cada quadro clínico. Muitas vezes, é preciso testar e avaliar a resposta individual, e aí o acompanhamento se torna ainda mais personalizado, inclusive usando recursos como anamnese por voz automática do Nutrio, para um histórico alimentar detalhado (anamnese nutricional por voz).

Frutas e vegetais coloridos e frescos em mesa de madeira

Como construir adesão ao plano alimentar?

A adesão não depende só do conteúdo do plano, mas também de uma relação de confiança. Eu invisto em escutar o paciente, adaptar preferências alimentares e criar metas pequenas e possíveis, conforme já destaquei em debates sobre estratégias comprovadas para adesão.

Vale lembrar que a comunicação clara e a definição de objetivos de curto prazo são fundamentais. Plataformas que integram agenda, realização de teleatendimentos e lembretes, como Nutrio, melhoram a regularidade das consultas, que vejo como indispensável.

Novidades e recursos para quem convive com doenças autoimunes

Com os avanços da ciência, novas opções terapêuticas surgem frequentemente. Um exemplo recente é a produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo do medicamento Infliximabe, aprovado pela Anvisa para tratar condições como artrite reumatoide e doença de Crohn (notícia oficial). Atuo em conjunto com médicos para alinhar a dieta considerando esses tratamentos.

Além disso, as ferramentas digitais, como Nutrio, facilitam a integração multidisciplinar e promovem um atendimento mais assertivo e humanizado, desde o acompanhamento de sintomas até o ajuste do plano nutricional baseado em evidências (nutrição baseada em evidências).

Conclusão

Em minha experiência, as intervenções nutricionais personalizadas melhoram sintomas, reduzem inflamações e proporcionam mais autonomia para quem convive com doenças autoimunes. Trabalhar de forma integrada, com atualização constante e apoio de plataformas como Nutrio, torna possível alcançar resultados mais duradouros e seguros.

Se você é nutricionista, estudante ou paciente, recomendo experimentar as funcionalidades do Nutrio e aprofundar seu conhecimento para transformar o atendimento nutricional em autoimunes. Busque sempre um acompanhamento individualizado e atualizado!

Perguntas frequentes

O que são doenças autoimunes?

Doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, confundindo células saudáveis com invasores. Esse processo pode afetar articulações, pele, sistema digestivo, entre outros órgãos.

Como a alimentação pode ajudar?

A alimentação pode modular a inflamação, corrigir deficiências nutricionais e melhorar o funcionamento do sistema imunológico. O ajuste do plano alimentar contribui para redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Quais alimentos devo evitar?

Geralmente, indico evitar ultraprocessados, gorduras trans, excesso de açúcares e sal. Caso haja intolerâncias alimentares, como ao glúten ou lactose, esses alimentos devem ser restritos conforme orientação do nutricionista.

Existe dieta específica para autoimunes?

Não existe uma única dieta para todos os casos de doenças autoimunes. O plano deve ser individualizado, levando em conta a condição clínica, preferências pessoais, necessidades energéticas e resposta aos alimentos.

Como encontrar um nutricionista especializado?

Procure profissionais da área de nutrição que atuem com doenças autoimunes e contem com recursos atualizados. Ferramentas como Nutrio ajudam a garantir o acompanhamento individualizado, inclusive para estudantes em formação.

Automatizando processos e simplificando a rotina dos nutricionistas, transformando dados precisos em decisões estratégicas para um cuidado prático e eficaz.

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